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"Sei que meu trabalho é uma gota no oceano, mas sem ele, o oceano seria menor"
(Madre Teresa de Caucutá)

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Em Uberlândia Mulheres mostram a fortaleza do sexo frágil em fábrica de tijolos


Com a entrada das mulheres na fábrica, a produção aumentou de 12 mil para 20 mil tijolos por mês.

Dizem que a mulher é sexo frágil, mas não é isso que se encontra na fábrica de tijolos ecológicos e aquecedor solar da Ação Moradia. Engajadas na Unidade Produtiva Comunitária (UPC) de Tijolos Ecológicos, as mulheres põem, literalmente, a “mão na massa”. O quadro de jovens trabalhadores é 100% feminino, vindo a mostrar a fortaleza do sexo frágil. A UPC de Tijolos está integrada ao projeto “Construindo Oportunidades”.
Em vista à realidade da comunidade, o projeto tem como principal objetivo “promover a inclusão sócio-produtiva e educacional de Jovens Mães (16 a 24 anos) em condições de vulnerabilidade social, através da aquisição de conhecimentos, do aumento da produtividade, da autonomia comunitária e da formação e acúmulo de capital social para incidir em políticas públicas de longo prazo.
O projeto articula um conjunto de atividades sócio-produtivas, por meio de capacitações, apoio técnico e financeiro, empreendimentos comunitário, e Mobiliza principalmente jovens mães, chefes de família, para converter os ativos sociais da comunidade e da instituição, em ações de geração de trabalho e renda, dentro de uma perspectiva de desenvolvimento solidário e sustentável.
Os resultados tem se mostrado promissores e a produção saiu de um patamar de 12mil tijolos mês, quando a fábrica era operada por homens, e passou para 20 mil por mês com as mulheres. A rotatividade tem sido praticamente nula, quando com os outros grupos familiares era ao redor de 40%. Isso gera um novo perfil de capacitação técnica para as mulheres, novas perspectivas de empreendedorismo comunitário, além de possibilitar maiores ganhos na renda familiar.
“Construindo Oportunidades” adequou-se ainda para acolher os filhos e filhas dessas mulheres, oferecendo atividades educacionais, lúdicas e recreativas, enquanto as mães estão na lida da produção. A fábrica de tijolos ecológicos traz cada vez mais esperança para a sustentabilidade das famílias. Atualmente a fábrica conta com onze empreendedoras sociais da comunidade.
Inovações que fazem a diferença
Uma das grandes inovações da Ação Moradia tem sido o Programa de Empreendimentos Comunitários Solidários, ECoS, uma iniciativa de incubação de empreendimentos sociais, tendo uma equipe da instituição, responsável por prestar assessoria técnica. A Ação Moradia sempre se preocupou com a capacitação profissional como forma de diminuir a desigualdade. Agora, além de capacitar, a instituição fomenta ainda mais a geração de renda e o desenvolvimento econômico e cidadão de comunidades de base.
Atualmente o ECoS é composto por seis Unidades Produtivas Comunitárias (UPC) Fábrica de Tijolos; Artesanato – “Criarte Sonhos”; Cozinha e Buffet – “Cia do Sabor”; Estética e Beleza – “Salão de Beleza Maravilhosas”; Horta; e Montagem e Manutenção de Computadores. As UPCs, por sua vez, são divididas por Grupos de Ações de Identidades Produtivas (GAIPs). Todos os empreendimentos funcionam na sede da Ação Moradia no bairro Morumbi, na cidade de Uberlândia/MG. Para fazer parte de uma Unidade Produtiva basta ter espírito empreendedor, vontade, persistência e perseverança, além de residir na região do Morumbi. (Roberta Jannini)

AÇÃO MORADIA COMEMORA DOIS ANOS DE "MÚSICA E CIDADANIA PELA PAZ SOCIAL"


O projeto “Música e Cidadania pela Paz Social”, em parceira com a Polícia Militar, tem por finalidade diminuir a violência e proporcionar a crianças e adolescentes oportunidades que contribuam para uma melhor qualidade de vida, tendo a música como agente transformador. O fato de escolher um instrumento e tirar o som do mesmo, já é um grande desafio, e a persistência é o carro chefe. Estas ações por si só já contribuem para o enfrentamento dos desafios da vida em que é necessário fazer escolhas, conhecer os limites, ter esperança e acima de tudo persistência.

Há dois anos o projeto vem sendo desenvolvido e apresenta excelentes resultados. Atualmente há 70 participantes entre crianças e adolescentes, que compõem uma banda mirim, e um conjunto de flautas doce. No futuro espera-se formar multiplicadores da idéia para atuarem em outros bairros da cidade com a mesma parceria da Polícia Militar.
A polícia existe para combater o crime e esta parceria serve para fortalecer a proposta de combater a violência através da prevenção e com o apoio contínuo da comunidade.
As ações do projeto visa desenvolver as capacidades de diálogo e de trabalho em grupo. Na oficina de civismo e cidadania um dos pontos mais colocados para reflexão é o respeito. O projeto também tem a leitura como aliada e busca incentivar as crianças e adolescentes propondo estudos e pesquisas na biblioteca da instituição. Por se tratar de um bairro marginalizado devido ao alto índice de criminalidade e tráfego de drogas, a polícia nunca foi bem vista na comunidade, que a tinha como repressora. Agora esta visão é diferente e a comunidade tem a Polícia Militar como amiga. (Roberta Jannini)